Apenas um lugar para escapar....

sábado, 18 de agosto de 2012

Crônica de uma vida sofrida


Na trilha sonora, o Windows Media Player, que clama por uma atualização, toca We Are The Champions. A internet não quer pegar, nem adianta tentar o youtube, ok? Vamos ouvir, portanto, as músicas que estão no computador do papai. O seu notebook queimou a placa-mãe. Um tal de R$700 reais apenas para consertar essa lata velha que não vale nem a metade disso. Em contrapartida, falta patrocínio para adquirir uma lata nova, daquelas branquinhas, bem bonitas e tendência, da Apple. Sem falar do Iphone, Ipod e demais artigos tecnológicos que te faz sentir um pouco menos privilegiada no quesito luxo e um pouco mais distante do mundo das celebridades. De volta à realidade. De um lado, o extrato do cartão de crédito que, OBA, acabou de chegar! “Para a noooooooooossa alegria!”, gritam, em uma só voz, os juros da fatura parcelada. Do outro, o celular, também sem internet. Mas ele é de conta! E liga de graça de claro pra claro. E só quem tem telefone da claro é a sua mãe. É chegada a hora, portanto, de tentar assistir algum programa da TV. Aberta. (Quem agüenta esses seriados-tudo-igual-americanos?) Novelas brasileiras/mexicanas. Telejornais que mostram que apenas o país está em uma situação pior do que a sua. Mas não comemore! Dilma chegou para alavancar o IDH do Brasil. Só do Brasil. Vamos, então, ler um livro! Sempre uma boa saída. Para quem não trabalhou o dia todo e, agora, acumula horas mal dormidas plus enxaqueca. Tomar banho e dormir seria uma boa e urgente solução, óbvio. Se você não tivesse, ainda, que lavar umas calcinhas, arrumar a marmita pra levar amanhã e, viva, lavar uns pratinhos pra descascar um pouco as suas unhas recém-pintadas-por-você-mesma.

Mas se fosse fácil não se chamaria vida! Poderíamos chamar de rapariga da Avenida Conselheiro Aguiar. Aliás, nem elas são mais, né? O tempo de crise $$ chegou para elas também. Fácil, ultimamente, tem sido a minha capacidade em estourar o limite do cartão do crédito. Usar o cheque especial. E demais maneiras de afundar nesse poço sem fim chamado: dívidas. Sim, sem elas, a vida não teria graça. Não teria SPC. Não teria, veja que lamentável, um mês com 30 dias que mais parece ter 50! Elas nos movem. Sim, sem elas, não trabalharíamos para pagar a fatura do cartão, visando, claro, a liberação do crédito para usufruir da liquidação daquela loja de departamento legal. Aquela mesma loja onde você comprou um vestido fechação por R$300. E agora tem uma plaquinha SALE, leve por apenas R$120. E quem proverá os R$180 que você poderia ter gastado em um belíssimo par de sapatos? Tendo em vista, óbvio, que os que você tem, atualmente, são usados, e desgastados, para trabalhar. Porque, chore, mas você não tem farda de trabalho. Portanto, trate de usar todas as roupinhas legais para trabalhar. E, não para por aí: quando tiver reunião, tem que ir mais arrumada. Ou seja, roupa nova para trabalhar. Aqui o esquema é trabalhe para  mais dinheiro e comprar roupa para trabalhar. Que tal esse ciclo vicioso? Falando nisso, em vícios, não basta as dívidas, o sofrimento de protagonista de novela mexicana, você precisa ter, também, um pouco de vício. Aliás, não tão pouco assim. Cerveja, por exemplo, só vicia quem é besta. Tomar um choppinho 5 vezes por semana é extremamente saudável. Inclusive, está comprovado que o que engorda é o petisco. Mas, também, convenhamos, é muita preguice beber sem comer, pelo menos, uma batatinha, hein? Um caldinho de feijão, enfim. Algo que não mostre que você está tão lisa ao ponto de só beber. E não vamos falar sobre boyzinhos, paqueras, flertes mal-sucedidos e, óbvio, ex-namorados, ex-paqueras e ex-flertes bem sucedidos. Uma vida sofrida, até certo ponto, ainda vai, mas tudo tem que ter limite. Menos o cartão de crédito! Liberem meu cartão.

Ariane Cruz

quarta-feira, 28 de março de 2012

Todos juntos, em vários seres!

Dos amigos verdadeiros que tenho, desses nunca quero me perder. São amigos do outro lado do oceano, amigos  no mesmo bairro, amigos de infância, de adolescência, de juventude. Amigos que compartilham o mesmo sangue que o meu e, além disso, sonhos planos, alegrias e tristezas. Amigos que, todos os dias, me dão certezas e carinhos. Amigos que, ausentes do meu dia a dia, são presentes que Deus me ofereceu para desfrutar com moderação. Amigos, também, que, talvez, não consigam medir o valor que possuem para mim. Para o mundo! Amigos-anjos que surgiram para trazer mais esperança, amor e crença em um mundo melhor. Amigos que, sem orgulho, admito que preciso perto de mim. São ligações para além dessa encarnação. Amigos tão parecidos comigos, e outros tão diversos. Amigos novos e semi-novos, carregados de tanta vontade de chegar para ficar. E ficam. De dentro de mim, não saem mais. E, repito, de todos esses, que são tantos em poucos, não vou me perder jamais. Porque neles me encontro, me realizo, me renovo, e sinto o gosto bom da vida.

Por Ariane Cruz

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ode à Tamarineira


Mãe, cadê a minha camisa de força?
Ok, agora aprendi. Não faço mais. Nunca mais. Não adianta, já sei como funciona. Já sei que vou quebrar a cara, ficar triste, chorar, bater no tatame, pedir penico, enfim, estilar. (Alguns dias, meses, depois) Diálogo: Amiga, conheci o homem da minha vida. Ele é lindo, educado, cavalheiro, simpático, trabalhador e tudo mais. Status: apaixonada, corajosa, e esquecida. É assim como todo mundo. O lado masculino deve ter um tipo padrão de ilusão de amor também, uma dessas que todo homem passa consciente. Querendo passar. Porque existe um brilho nos olhos, uma taquicardia no coração, uma loucura na mente de quem escolhe, e aceita, passar por tudo isso. Beira o masoquismo. Mas é um jogo que tem que ser jogado até o final para ver qual é. Mesmo sabendo que o ponto de chegada pode não ser onde gostaríamos que fosse. Faz parte. É o famoso ‘dar a cara à tapa’, também conhecido por ‘quem tem medo de cagar não come, chupa gelo’, entre outros pseudônimos para quem tem a coragem de um gladiador pra lutar por um amor (?) que talvez nem nasça, nem floresça, nem dê bons frutos. Mas só a atitude de querer semear é digna, e faz alguma coisa valer à pena. Ainda não descobri o que exatamente, mas deve ter um sentido para tanta insistência. E, em meio a tudo isso, do ponto de partida ao ponto de chegada, tem muito caminho. Muita casinha pra passar, muitos obstáculos, muitas ex’s, muitos, muitos traumas de amores passados para serem vencidos. E haja coração, de verdade, porque não é qualquer um que aguenta. Certeza que metade pendura a toalha antes mesmo de curtir a parte boa do jogo. Porém, como todos os bons jogos, esse também envolve muita estratégia, algumas armadilhas, muito planejamento e, às vezes, pouca concretização. Jogar, de fato, mano a mano, touch a touch, poucos se arriscam. Outros inventam de vestir armaduras e terminam entrando para o time dos desmascarados antes do ponto de chegada. No entanto, não deveria haver lados rivais. Só se estivermos falando, novamente, das indesejáveis ex-namoradas, peguetes, e etc. Mas, fora isso, qual o sentido de tanto jogo? Porque tanto cálculo para uma coisa que deveria ser tão simples? Qual a complicação, se não a que inventamos e mirabolamos nas nossas cabeças? A fórmula, a meu ver, é simples: eu quero + você quer = ficamos juntos. O resto, supera-se. Juntos também. Se houver vontade e, além disso, boa vontade, tudo é resolvido e torna-se muito mais fácil. Mas, talvez, o caminho rumo à loucura seja mais divertido, mais enérgico, com muita adrenalina. E a Tamarineira nunca foi tão atraente e disputada.

*Por Ariane Cruz

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A temida hora do recomeço


“Tomorrow could be too late”, diria Dolores O'Riordan, cantora de The Cranberries. E eu ouvi isso várias vezes, até chegar o momento em que, de fato, fez sentido, ao menos pra mim. Aos 25 anos, não tenho mais paciência, tempo, desejo, necessidade de esperar por amanhã. E muito menos por um ano, ou mais. Ou é hoje, ou não é. Porque com todo mundo parece ser simples e fácil assim e comigo tem que ser enrolado, difícil e complicado de acontecer? Então, que não aconteça. Uma força maior impede e, certamente, me protege, desejando que isso não se concretize. E eu me reduzo aos meus 25 aninhos e deixo essa força agir, certa de que o melhor chegará para mim. Se não chegar o melhor, vem, novamente (rs), o pior, algumas experiências tenebrosas, umas lágrimas aqui, umas noites mal dormidas acolá. Mas muita, muita esperança. Vontade de viver. De superar. E, principalmente, de aprender. Com os meus erros, com o que insisto em fazer sem pensar, só sentindo. Infelizmente, o mundo é um pouquinho mais cruel do que nós pensamos/queremos/planejamos, e sentimentalismo é visto da maneira mais pejorativa possível. O negócio é ser racional, seco, frio, inabalável. Mas ‘quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?’ Ele pode ser cego, meio abestalhado, às vezes, e, inclusive, insistente, mas burro, não. Sabe exatamente o que quer, e porque quer. Geralmente, é difícil entender as escolhas do danado...parece que só escolhe o mais complexo e menos acessível. Menos disponível também, né? Mas se a gente pudesse mandar nele, perderia toda a graça, sentido e magia da coisa. Tem que sofrer um pouquinho, sentir o amargo do amor não-correspondido, a dor da espera que parece ser eterna. Só assim, acredito, quando aparecer o príncipe, que não virá em um cavalo branco, muito menos naqueles lindos trajes reais, saberemos dar a ele o devido valor. Até lá, vamos vivendo, com muita compaixão e, claro, com uma felicidade clandestina, mas sincera e real. Nada no mundo dos sonhos. Ilusão faz parte, mas precisa ter limite. Aliás, é uma das poucas coisas nesses jogos de amor que não pode ser ilimitada. Porque esperança, amor, carinho, saudade, vontade, paixão e fé, essas não podem ter hora nem lugar pra acabar. Precisam, de verdade, de uma longa estrada, linda, florida, ou de um terreno bem cuidado, para crescer e, assim, render bons frutos e sentimentos. Porque, como já diria um lindo texto que li um dia desses, amor é para poucos. Nem todo mundo consegue se entregar, gostar e amar, de fato, uma pessoa. E viver, eternamente, com um pé atrás não dá pra mim não. Repito: ou é ou não é. O tal do sentimentalismo exige radicalismo, e é assim que funciona. 

*Por Ariane Cruz

sábado, 13 de agosto de 2011

Opção certeira



"A dor é inevitável, o sofrimento é opcional". Drummond, nessa célebre frase, conseguiu (ou pelo menos tentou) fazer as pessoas entenderem que, apesar de tudo de ruim pelo que passam na vida, sempre há forças suficientes dentro de cada um para fazer com que as lágrimas sequem e o sorriso apareça. A dor é inevitável. É. Além disso, permanece durante longas temporadas e, às vezes, por uma vida inteira. Sentir dor é ruim. Mas, caros amigos, acreditem: a dor interior, que atinge a sua moral, essa aí é angustiante porque não há praticamente nada que você possa fazer a respeito. O grito não atinge pessoas ao redor por causa de uma ferida no joelho ou um corte no braço e que, talvez com um pouco de paciência e conhecimento, podem lhe ajudar. Ele ultrapassa todas as barreiras do tolerável, é ensurdecedor e ninguém, absolutamente ninguém, pode lhe ajudar a não ser você mesmo. É nesse momento que se têm duas opções: sofrer ou não sofrer? Lutar com seus próprios sentimentos e buscar aquele alívio que está escondido em um lugar praticamente impossível de ser encontrado faz os seres humanos acreditarem que a fragilidade é superior à força. É como se eles estivessem em uma batalha, em um "todos contra um", em que eles (a unidade) disputam a felicidade contra o resto do mundo. Em uma situação como essa, a sensação de incapacidade é tanta que muitos pensam em desistir. E falam absurdos, e choram, e fogem, e se escondem... Mas o resultado final não depende de quem está diante do indivíduo. DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DE CADA INDIVÍDUO. A dor vai acontecer sempre, em diversos níveis e nos momentos mais inoportunos, pois é característica fundamental na vida de uma pessoa e é o que, provavelmente, vai fazê-la crescer. Mas o sufoco causado por ela pode ser transformado em esperança. Basta escolher a segunda opção. A dificuldade vai existir e as suas emoções vão estar comprometidas, mas se você acreditar que, na batalha do coração, você tem todas as ferramentas emocionais de que precisa e se dedicar à vontade de vencer, não tenha dúvidas: cada batalha pela qual você passa vai se tornar um estímulo para as próximas que virão (porque ainda virão) e a guerra será vencida, independentemente do tempo que ela durar. Lute com você mesmo, sempre. E que doa, mas que o sofrimento nunca seja a sua opção!

*Por Ana Luíza Madeiro

terça-feira, 26 de julho de 2011

A humanidade desumana


Eu não sei de onde vem essa nossa cultura de exclamar a tristeza e louvar o ilógico. Em meio a tantos comentários absolutamente ignorantes sobre a morte de Amy, tudo isso vem à tona. Gente dizendo que “lamenta, mas não tem pena”, “ela mereceu” e tantos outros bla bla bla. O que é isso, afinal? Todo mundo esqueceu que, assim como tantos outros, ela foi mais uma vítima das drogas e do alcoolismo? Esquecemos também que, sim, Amy tem família e pessoas que sentiram muito pela morte dela? Esquecemos, ainda, que ela tinha apenas 27 anos e, provavelmente, uma carreira musical incrível pela frente? A memória curta nos cega, nos torna desumanos e cruéis. De fato, inicialmente, foi uma escolha da própria Amy. Mas, como todo vício, depois fugiu ao controle dela e não foi visto como uma doença, o que, de fato, passou a ser. Em vida, o público achava lindo Amy bêbada, caindo no meio do palco, esquecendo das letras. O show dela se tornava, então, um espetáculo de circo, com a palhaça em cima do palco e a plateia em baixo, delirante, esperando conseguir fotografar o mico do ano. E parecia que iria parar por aí o constrangimento, causado, aliás, muito mais por quem batia palma. Mas, não, a tal da imbecilidade humana não tem limite. Amy morre, alguns lamentam e outros aproveitam para cantar o moralismo, sem falar dos ditos “fãs” da cantora que foram até a casa dela deixar flores e, pasmem, bebida alcoólica e cigarro para a moça. Isso mesmo. Homenageando Amy com o que a matou. Sim, porque é isso o que realmente importa, né? Dane-se o legado musical e as referências deixadas pela Winehouse. Amy fez muito mais do que o que mostravam os Ego’s da vida. Ela fez música de qualidade. É triste a morte dela mas, mais triste ainda, é ver gente quase que comemorando isso, e, por fim, uma parte do mundo virada ao avesso, celebrando a morte e esquecendo de viver e cuidar da sua vida. 

Foto: Globo.com

*Por Ariane Cruz

sábado, 25 de junho de 2011

Antes do voo, uma mensagem.

Farei uma viagem em família no próximo dia 27 de junho para a Europa. Será uma ótima oportunidade para conhecer o continente que detém alguns dos países mais belos e fantásticos do globo, na minha opinião. E é uma visão de quem nunca deixou sua marca no "mundo europeu", mas aprecia, desde muitos anos e por meio de imagens e vídeos, sua beleza infinita. Mas ok. Devaneios à parte, o que eu vim falar aqui é que, por causa desse magnífico passeio, o meu São João de 2011 inteiro foi construído à base de muita atividade. Mais cerebral, pode-se dizer, porque mesmo resolvendo pendências do tipo: mala, roteiro para estudos de pontos turísticos, documentos e tantas outras coisas, terminei de ler um livro, li mais dois e assisti a três filmes, um deles inédito. A despeito do corpo paradão, minha cabeça deu um giro de 360º. Gostaria de comentar sobre os dois últimos livros que eu li e o último filme a que assisti: Férias, Quem mexeu no meu queijo? e Namorados Para Sempre, respectivamente. Cada um deixou um pouco de sua marca em mim, mas juro como pensei que eles foram feitos depois de terem estudado a minha agitada mente. Quanta coincidência em tão pouco tempo. Coincidências que, felizmente, fizeram-me matutar sobre muitos aspectos da minha vida: pessoal, profissional, amoroso... No primeiro, uma toxicômana é levada pelos amigos, pelo namorado e pela família para um centro de reabilitação, mas insiste em acreditar que ela não é uma dependente! CALMA, GENTE! Eu não sou usuária de drogas, graças a Deus! Mas me vi um pouco na pele da personagem porque já passei maus bocados (o motivo não vem a calhar) e obtive ajuda das pessoas que mais me amavam e eram justamente as que mais eu achava que queriam "me prender" quando, no fundo do coração, só queriam ajudar; o segundo me fez pensar na minha vida profissional. O livro é uma metáfora de dois rapazinhos e dois ratinhos que se encontram em um labirinto e, para sobreviver, precisam encontrar os melhores queijos que se escondem por ele. Cada um tem um jeito de agir e uma forma de pensar. O Queijo significa o seu objetivo de vida e o Labirinto, até onde você chegaria para obtê-lo. Logo, imaginei a minha situação: Jornalista, sem ter conseguido um emprego (desempregada é tão feio, né?) que se meteu a estudar Direito para tentar garantir um futuro melhor e mais qualidade de vida e que, para isso, viu-se enfurnada nos concursos da vida. Sempre de olho nos "freelas" que a vida puder oferecer, é claro! Quem acha que ainda não atingiu os objetivos, é importante não parar para ficar pensando no que fazer: o negócio é agir. Pensar é importante, mas pensar, pensar, pensar... Só isso não leva ninguém a nada. A não ser que quem esteja lendo isso acredite em milagres que caem do céu e espere as oportunidades sempre deitado(a) na cama admirando o sol ou as estrelas, pois a qualquer momento, elas (as oportunidades) podem surgir. E o terceiro... Bom, sinceramente não foi o título "Namorados Para Sempre" que me fez querer vê-lo, porque essa história de "para sempre" existe, mas só enquanto dura. Portanto, a ilusão de que eles tinham uma história linda de vida passou bem longe, ao passo que a sinopse me chamou a atenção: um casal estava à beira do abismo e, cada qual em sua mente, relembrava os momentos bons que tiveram juntos, tentando, de todas as maneiras, reatar o romance, mas percebendo que nada poderiam mais fazer. O momento se foi e tivera sido bom... enquanto durou. O comentário a partir desse filme que me faz pensar na minha própria vida é: quem nunca teve um amor que pensou ser para sempre, mas descobriu que o "pra sempre sempre acaba"? É mais ou menos por aí... Enfim, só queria deixar registrado o quanto três coisas simples podem fazer sua mente revirar que nem um furacão e imaginar (reviver) situações boas, ruins, mas que, de uma forma ou de outra, fazem parte da sua vida e que dela nunca vão sair! Foi bom ter revivido e pensado sobre a vida... A princípio, o feriadão serviria apenas para resolver as pendências da viagem e relaxar um pouco para os longos voos que virão pela frente, mas ele conseguiu me dar um salto para a realidade em que estou vivendo sem nem me pedir licença! Confesso que foi ótimo para mim! Principalmente antes dessa viagem. Quando dizem que Deus escreve certo por linhas tortas, é justamente sobre isso que falam! O inesperado acontece para te fazer refletir e, quem sabe, te fazer melhor do que você parece ou acha que está!!!

*Por Ana Luíza Madeiro